terça-feira, 13 de outubro de 2009

Filme em destaque: O SEGREDO DA MÚMIA

"O quê? Uma múmia no Brasil?". Sim, esta é a primeira pergunta que vai fazer qualquer pessoa normal que olhar o título e o cartaz de O SEGREDO DA MÚMIA, um filmaço orgulhosamente brasileiro dirigido em 1982 por Ivan Cardoso - então um reconhecido diretor de curta-metragens, em sua estréia cinematográfica. Injustamente esquecida no país, peça-rara nas locadoras e inédito em DVD (vez por outra passa na TV aberta ou por assinatura, sem grande alarde), O SEGREDO DA MÚMIA é uma daquelas obras-primas do cinema nacional que não podem permanecer na obscuridade.



Para começo de conversa, quem além de um verdadeiro gênio (ou louco) iria pensar no fato de uma múmia atacar no Brasil??? Aquele mesmo Brasil de cenários tropicais e ensolarados, mulheres de pouca roupa e etc.? Convenhamos: múmias combinam mais com os ingleses e suas mansões góticas, seu nevoeiro, ou então com aquelas produções americanas classe B rodadas no Egito.

Entretanto, a visão de uma múmia decrépita caminhando pelas ruas brasileiras em plena luz do dia é um daqueles momentos realmente mágicos, que só mesmo o cinema proporciona. E só isso, esta curiosidade de ver a tal múmia brasileira, já valeria uma olhada em O SEGREDO DA MÚMIA. Mas Ivan Cardoso vai mais além: ele coloca seus personagens principais em uma expedição ao Egito (sendo que o "Egito" é filmado em algum lugar do Brasil), inclui flashbacks mostrando o Egito Antigo de milhares de anos antes de Cristo (que só foram filmados no Brasil, como ainda mostram faraós falando português!!!), entre outras divertidíssimas loucuras. Emprestando o slogan do canal de TV por assinatura Telecine, "isso é cinema!".

E foi justamente esta a frase usada pelo cineasta Samuel Füller (um dos preferidos de Quentin Tarantino, diretor de filmes clássicos como AGONIA E GLÓRIA). Ao ouvir falar sobre um filme brasileiro chamado O SEGREDO DA MÚMIA, Füller espantou-se e declarou, emocionado: "Uma múmia no Brasil? Ah, isso sim é cinema!"



O texto completo, de autoria de Filipe M. Guerra, pode ser lido no bocadoinferno

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